Obras Allan Kardec

Obras de Allan Kardec

Allan Kardec era o pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lion, a 3 de outubro de 1804, numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia. Desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. Em 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Ganhava a vida como contador e após o trabalho diário escrevia livros de gramática e aritmética. Traduzia obras escritas em inglês e alemão. Ministrava em sua casa cursos gratuitos de anatomia, astronomia, física e química, os quais eram bastante frequentados.

Em 1849, tornou-se professor no Liceu Polimático, ensinando Astronomia, Fisiologia, Química e Física. Várias de suas obras foram adotadas pela Universidade de França, que o transformaram em respeitável nome no meio acadêmico. O homem Rivail, perfeitamente integrado ao seu tempo, conhecedor da vasta cultura que movia o século XIX tinha por seus méritos alcançado o reconhecimento almejado, daí o fato de não utilizar seu nome nos escritos da codificação espírita para não influenciar seus leitores.

Conforme o seu próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das “mesas girantes”, bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.

Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas deviam-se à intervenção de espíritos, Rivail dedicou-se à estruturação de uma proposta de compreensão da realidade baseada na necessidade de integração entre os conhecimentos científico, filosófico e religioso, com o objetivo de lançar sobre o real um olhar que não negligenciasse nem o imperativo da investigação empírica na construção do conhecimento, nem a dimensão espiritual e interior do Homem. Adotou, nessa tarefa, o pseudônimo que o tornaria conhecido – Allan Kardec – nome esse, segundo o que teria lhe dito um espírito, que teria utilizado em uma encarnação anterior como Druida.

Assim, valendo-se do método científico concebeu a obra da codificação oportunizada pelos espíritos superiores. Após vir à luz O Livro dos Espíritos, considerado como o marco de fundação do Espiritismo, foi publicada a Revista Espírita em 1º de janeiro de 1858 e fundou-se nesse mesmo ano, a primeira sociedade espírita regularmente constituída, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Kardec passou os anos finais da sua vida, dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e a defendê-lo dos opositores.

Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Sobre seu túmulo, erguido como os dólmens druídicos, lê-se a inscrição: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”.

00. Prontuário da Obra de Kardec
01. O Livro dos Espíritos, 1857
02. O que é o Espiritismo, 1859
03. O Livro dos Médiuns, 1861
04. Viagem Espírita em 1862, 1862
05. O Espiritismo na sua expressão mais simples, 1862
06. O Evangelho segundo o Espiritismo, 1864
07. O Céu e o Inferno, 1865
08. A Gênese, 1868
09. Obras Póstumas, 1890
10. Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, 1864
11. A obsessão, 1950
12. Instruções práticas sobre as manifestações Espíritas
13. Coletânea de Preces Espíritas
14. I. Revista Espírita de 1858
15. II. Revista Espírita de 1859
16. III. Revista Espírita de 1860
17. IV. Revista Espírita de 1861
18. V. Revista Espírita de 1862
19. VI. Revista Espírita de 1863
20. VII. Revista Espírita de 1864
21. VIII. Revista Espírita de 1865
22. IX. Revista Espírita de 1866
23. X. Revista Espírita de 1867
24. XI. Revista Espírita de 1868
25. XII. Revista Espírita de 1869

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