O bom senso, como ensinou Kardec, é o fio de prumo que nos garante a construção de um conhecimento mais amplo e mais rico, mas ao mesmo tempo mais preciso.
Usar do bom senso é o primeiro preceito da normativa de Kardec. Examinar com rigor a linguagem dos Espíritos comunicantes, submetê-los a testes de bom senso e conhecimento, verificar a relação de realidade dos conceitos por eles enunciados (relação do seu pensamento com os fatos, as coisas e os seres), enquadrar os seus ensinos e revelações no contexto cultural da época, verificando o alcance abusivo ou não das afirmações mais audaciosas – eis os elementos que temos de observar no trato da mediunidade, se não quisermos cair em situações difíceis, a que fatalmente nos levariam espíritos imaginosos ou pseudo-sábios.
Herculano Pires – A Pedra e o Joio