Como encarar as críticas que são feitas ao Espiritismo?

Como encarar as críticas que são feitas ao Espiritismo?

O direito de exame e de crítica é um direito imprescritível, ao qual o Espiritismo não tem a pretensão de se subtrair, como não tem a de satisfazer todo o mundo. Cada um, pois, está livre para aprová-lo ou rejeitá-lo; mas seria necessário discuti-lo com conhecimento de causa. Ora, a crítica não tem senão, muito frequentemente, provado sua ignorância de seus princípios mais elementares, fazendo-lhe dizer precisamente o contrário do que ele diz, atribuindo-lhe o que nega, confundindo-o com as imitações grosseiras e burlescas do charlatanismo, dando, enfim, como a regra de todos, as excentricidades de alguns indivíduos.

O Espiritismo não é, porém, mais solidário com aqueles que se comprazem em dizer-se espíritas do que a medicina não o é com os charlatães que a exploram, nem a sã religião com os abusos ou mesmo crimes cometidos em seu nome. Ele não reconhece por seus adeptos senão aqueles que colocam em prática os seus ensinos, quer dizer, que trabalham para o seu próprio adiantamento moral, esforçando-se por vencer suas más inclinações, por serem menos egoístas e menos orgulhosos, mais dóceis, mais humildes, mais pacientes, mais benevolentes, mais caridosos para com o próximo, mais moderados em todas as coisas, porque são estes os sinais característicos do verdadeiro espírita.

(Allan Kardec – Obras Póstumas – Curta resposta aos detratores do Espiritismo.)

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