Citações em imagens: Eu não desprezo ninguém; lamento os que agem mal.

Comemoração de 16 anos do projeto conhecer Kardec.

Crede, Senhores, as pedras não faltam em meu caminho. Passo por cima delas, mesmo das mais altas e pesadas.

Se se conhecesse a verdadeira causa de certas antipatias e de certos afastamen­tos, muitas surpresas nos aguardariam.

É preciso acrescentar as pes­soas que são postas, relativamente a mim, em po­sições falsas, ridículas e comprometedoras e que procuram se justificar, em última instância, recor­rendo a pequenas calúnias; os que esperavam atrair-me a eles pela adulação, crendo poder levar-me a ser­vir aos seus desígnios e que reconheceram a inutilidade de suas manobras para atrair minha atenção; aqueles que não elogiei nem incensei e que isso es­peravam de mim; aqueles, enfim, que não me per­doam por ter adivinhado suas intenções e que são como a serpente sobre a qual se pisa.

Se todas essas pessoas decidissem se colocar, por um ins­tante sequer, em uma posição extraterrena e ver as coisas um pouco mais do alto, compreenderiam bem a puerilidade de quanto as preocupa e não se espantariam com a pouca importância que a tudo isso dão os verdadeiros espíritas.

É que o Espiritismo abre horizontes tão vastos, que a vida corporal, curta e efêmera, se apaga com todas as suas vaida­des e suas pequenas intrigas, ante o infinito da vi­da espiritual.

Aqueles que vêm a mim, fazem-no porque isto Ihes convém; é menos por minha pes­soa do que pela simpatia que Ihes desperta os prin­cípios que professo.

Os que se afastam fazem-no porque não Ihes convenho ou porque nossa manei­ra de ver as coisas reciprocamente não concorda.

Por que, então, iria eu contrariá-los, impondo-me a eles? Parece-me mais conveniente deixá-los em paz.

Ademais, honestamente, falta-me tempo para isso.

Sabe-se que minhas ocupações não me deixam um instante para o repouso, e para um que parte, há mil que chegam.

Julgo um dever dedi­car-me, acima de tudo, a estes e é isso que faço.

É orgulho? Desprezo por outrem? Oh, seguramente, não!

Eu não desprezo ninguém; lamento os que agem mal, rogo a Deus e aos Bons Espíritos que façam nascer neles melhores sentimentos, eis tudo.

Allan Kardec – Viagem Espírita em 1862 » Discurso I.

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