Citações em imagens: Os mais perigosos inimigos do Espiritismo

Se os inimigos externos nada podem contra o Espiritismo, o mesmo não se dá com os de dentro.

Refiro-me aos que são mais espíritas de nome que de fato, sem falar dos que do Espiritismo apenas têm a máscara.

O mais belo lado do Espiritismo é o lado moral. É por suas consequências morais que triunfará, pois aí está a sua força, por aí é invulnerável.

Inscreve em sua bandeira: Amor e Caridade e, ante esse paládio mais poderoso que o de Minerva, porque vem do Cristo, a própria incredulidade se inclina.

Que se pode opor a uma doutrina que leva os homens a se amarem como irmãos? Se não se admitir a causa, ao menos respeitar-se-á o efeito.

Ora, o melhor meio de provar a realidade do efeito é fazer sua aplicação a si mesmo; é mostrar aos inimigos da doutrina, pelo próprio exemplo, que ela realmente torna melhor.

Mas como convencer que um instrumento pode produzir harmonia, se ele emite sons dissonantes?

Assim, como persuadir que o Espiritismo deve conduzir à concórdia, se os que o professam, ou são supostos professos, o que para os adversários dá na mesma, se atiram pedras? Se uma simples susceptibilidade do amor-próprio, de hierarquia basta para dividi-los? Não é o meio de destruir seu próprio argumento?

Os mais perigosos inimigos do Espiritismo são, pois, os que o fazem mentir a si mesmo, não praticando a lei que eles proclamam. Seria puerilidade criar dissidência pelas nuanças de opinião.

Haveria evidente malevolência, esquecimento do primeiro dever do verdadeiro espírita, de separar-se por uma questão pessoal, pois o sentimento de personalidade é fruto do orgulho e do egoísmo.

Allan Kardec – Revista Espírita, novembro de 1861.

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