73 – Prefácio – Seria injusto colocar na categoria dos maus Espíritos os que estão em sofrimento e arrependimento, pedindo preces. Podem ter sido maus, mas já não o são mais desde o momento em que reconhecem as suas faltas e as lamentam. São apenas infelizes. Alguns, até mesmo, já começam a gozar de uma felicidade relativa.
74 – Prece – Deus de misericórdia que aceitais o arrependimento sincero do pecador encarnado ou desencarnado, eis aqui um Espírito que se comprometeu com o mal mas que reconhece os seus erros e entra no bom caminho. Dignai-vos, Senhor, recebê-lo como um filho pródigo e dar-lhe o vosso perdão. Bons Espíritos, se ele desprezou as vossas vozes, agora deseja ouvi-las. Permiti-lhe entrever a felicidade dos eleitos do Senhor, para que persista no desejo de se purificar, a fim de atingi-la. Sustentai-o nas suas boas resoluções, e dai-lhe a força de resistir aos seus maus instintos. A vós, Espírito de Fulano, nossas felicitações pela vossa modificação, e nossos agradecimentos aos Bons Espíritos que vos ajudaram! Se antes vos comprazíeis no mal, era porque não sabíeis como é doce e bom fazer o bem, e porque vos julgavéis demasiado baixo para o conseguir. Mas, desde o instante em que puseste o pé no bom caminho, uma nova luz se fez para vós. Começaste a gozar, então, de uma felicidade desconhecida, e a esperança brilhou no vosso coração. É que Deus sempre escuta a prece do pecador em arrependimento, jamais repelindo os que o procuram. Para voltar completamente à graça do Senhor, aplicai-vos, de agora em diante, não só a evitar o mal, mas em fazer o bem, e sobretudo em reparar o mal que fizestes. Então tereis satisfeito a justiça de Deus, pois cada boa ação apagará uma de tuas faltas passadas. O primeiro passo está dado; agora, quanto mais avançardes, mais o caminho te parecerá fácil e agradável. Perseverai, pois, em um dia terás a glória de ser contado entre os Bons Espíritos, entre os Espíritos Bem-aventurados.