J. Herculano Pires: morrer não é morrer

“Morrer não é morrer, meus amigos. Morrer é mudar-se”, exclamou Victor Hugo após as experiências espíritas de seu exílio na ilha de Jersey. Lombroso, contendo a emoção, abraçou sua mãe materializada na casa do Prof. Chiaia, em Milão. Frederico Figner, judeu ortodoxo, tornou-se espírita na sessão de Belém do Pará, em que a médium Ana Prado lhe devolveu a filha morta, a menina Rachel, que voltou a abraçá-lo e à sua esposa, sentando-se no colo de ambos e advertindo à mãe de que devia tirar o luto, pois ela, Rachel, como provava naquele momento, não morrera”.
“Seriam todos alucinados, teriam perdido o senso e a capacidade de discernimento para aceitar trapaças indignas? Seremos acaso mais bem-dotados do que essas grandes figuras da nossa vida cultural? De que elementos dispomos para rejeitar a nossa própria sobrevivência? Que contraprovas podemos opor ao nosso próprio direito de superar a morte – a destruição total do ser humano –, num Universo em que nada se destrói?”

J. Herculano Pires. Educação para a Morte.

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