Vaidade: Revista Espírita – Junho de 1860.

Vaidade: O Livro dos Médiuns – n.226

A VAIDADE

Pela Sra. Lesc…, médium

Quero falar da vaidade, que se mescla a todas as ações humanas. Ela macula os mais suaves pensamentos; invade o coração e o cérebro. Planta maligna, abafa a bondade em seu nascedouro; todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.

Para lutar contra ela, é preciso exercitar a prece; somente ela nos dá força e humildade. Homens ingratos! Esqueceis de Deus incessantemente. Ele não é para vós senão o socorro implorado na aflição, e jamais o amigo convidado para o banquete da alegria.

Para iluminar o dia ele vos deu o sol, radiação gloriosa, e para clarear a noite, as estrelas, flores de ouro. Por toda parte, ao lado dos elementos necessários à Humanidade, pôs o luxo necessário à beleza de sua obra. Deus vos tratou como faria um anfitrião generoso que, para receber seus convidados, multiplica o luxo de sua mansão e a abundância do festim.

Que fazeis vós, que tendes apenas o coração para lhe oferecer? Longe de o honrar com as vossas virtudes e alegrias, longe de lhe oferecer as premissas de vossas esperanças, não o desejais e somente o convidais a penetrar-vos o coração quando o luto e as decepções amargas vos trabalharam e deixaram marcas. Ingratos! Que esperais para amar vosso Deus? A desgraça e o abandono.

Antes lhe oferecei o coração, livre de dores; oferecei-lhe, como homens em pé, e não como escravos ajoelhados, vosso amor purificado do medo, e na hora do perigo ele se lembrará de vós, que não o esquecestes na hora da felicidade.

Georges (Espírito familiar)

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