“(…) que a pequena importância relativa que deveis ligar às coisas terrenas não vos impeça de considerar os vossos deveres materiais como muito sérios; cometeríeis uma falta gravíssima aos olhos de Deus, se não vos entregásseis conscientemente aos vossos trabalhos cotidianos.
Nada se deve desprezar do que saiu das mãos do Criador; deveis desfrutar, em certa medida, dos bens materiais que Ele vos concedeu. Vosso dever é não os guardar exclusivamente para vós, mas fazer que deles participem os irmãos aos quais eles foram recusados. Uma consciência pura, uma caridade e uma humildade sem limites, eis a melhor das preces para chamar a si o Espírito Santo. É o verdadeiro Veni Creator; não que este, cantado nas igrejas, não seja uma prece que será acolhida, sempre que feita de bom coração; mas, como já vos foi dito inúmeras vezes, o fundo é tudo, a forma pouca coisa.”
(Hippolyte Fortoul. Revista Espírita, agosto de 1862 – O Pentecostes).