“Eis, meus amigos, para o homem em geral, o lado filosófico: a vós compete salvar-vos a vós mesmos. Meus filhos: não procureis distrações materiais nem satisfação à curiosidade, como fazem os ignorantes. Não chameis a vós, sob o menor pretexto, Espíritos dos quais não tendes a mínima necessidade; contentai-vos em vos entregardes sempre aos cuidados e ao amor de vossos guias espirituais; eles jamais vos faltarão.
Quando vos reunirdes num objetivo comum, qual seja o melhoramento de vossa Humanidade, elevai o coração ao Senhor, mesmo que seja para lhe pedir suas bênçãos e a assistência dos Espíritos bons, aos quais vos confiou. Examinai bem em vosso redor se não há falsos irmãos, curiosos, incrédulos. Se os encontrardes, rogai-lhes com doçura, com caridade, que se retirem. Se resistirem, contentai-vos em orar com fervor para que o Senhor os esclareça e, de outra vez, não os admitais em vossos trabalhos. Não recebais em vosso meio senão os homens simples, que querem buscar a verdade e o progresso.
Quando estiverdes certos de que vossos irmãos se acham reunidos em presença do Senhor, chamai os vossos guias e pedi-lhes instruções; eles vo-las darão sempre, proporcionadas às vossas necessidades, à vossa inteligência; mas não busqueis satisfazer a curiosidade da maioria dos que pedem evocações. Quase sempre saem menos convencidos e mais dispostos à zombaria.”
Bernardin. Revista Espírita, junho de 1862 – Ensino e dissertações Espíritas: O Espiritismo filosófico.