Deve-se publicar inconsideradamente tudo quanto venha dos Espíritos?
Não. Focalizando o grande número de comunicações mediúnicas que lhe eram enviadas de todas as partes, Kardec valeu-se dos números para mostrar que nem toda mensagem de origem espiritual merece ser veiculada pela imprensa. Diz ele que em 3.600 mensagens recebidas existiam mais de 3.000 de moralidade irreprochável e excelentes como fundo, mas somente 300 (dez por cento delas) serviriam à publicidade, das quais apenas 100 apresentariam um mérito inconteste. A análise do Codificador leva a uma conclusão óbvia: não se deve publicar inconsideradamente tudo quanto venha dos Espíritos, se quisermos atingir o objetivo a que nos propomos.
Allan Kardec – Revista Espírita de 1863, págs. 153 a 155 – Tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.