P&R: Devemos fazer o bem aqueles que não aproveitam esses benefícios e nos respondem com a ingratidão?

Devemos fazer o bem aqueles que não aproveitam esses benefícios e nos respondem com a ingratidão?

Não podemos, entretanto, supor que um bene­fício, aparentemente estéril na Terra, seja para sem­pre improdutivo. É, muitas vezes, um grão semea­do e que não germina senão na vida futura daque­le que o recebeu. Muitas vezes temos observado certos Espíritos, ingratos como homens, tomados de emoção na espiritualidade, pelo bem que Ihes foi feito. E essa lembrança, neles despertando pensa­mentos benéficos, facilita-Ihes enveredarem para o caminho do bem e do arrependimento, contribuin­do para abreviar seus sofrimentos. Só o Espiri­tismo poderia revelar este resultado da benevolên­cia, só a ele está dado, pelas comunicações rece­bidas do além-túmulo, revelar o lado caridoso desta máxima: Um benefício nunca está perdido, substituindo o sentido egoísta que se lhe atribui.

Allan Kardec Viagem Espírita em 1862 » Discursos pronunciados nas reuniões gerais dos espíritas de Lyon e Bordeaux » Discurso I

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